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sequela

crises de estrago
que eu ouço e apago
esse apego meu
me deixa calada
com cada palavra
tonta
na ponta da língua;

me explica
esse humor
esse amor
que me implica
e me desculpa

mesmo quando a dor
fica.

Comentários

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. se aquela
    sequela
    começar
    é tudo culpa dela
    da siriguela
    que eu mordi
    e chupei
    até ficar
    banguela
    sem dentes
    coração
    e goela

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  3. Hei Nina, joia!?
    Muito legal suas poesias, fiquei encantado.
    Ainda mais eu, que sou um seguelado.
    Cheguei aqui por acaso e voltarei sempre. bjo.

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  4. Bom dia!
    Pra te falar a verdade não sei quem sou. Não é crise de identidade é excesso de informação. Te encontrei no orkut, temos amigos em comum e escritos tb. bjão
    Fidel

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às vezes o coração que dorme levanta escala a garganta coas garra afiada e sai pela boca e eu não digo nada e me chamam de louca eu fico calada os calo na mão, a garganta inflamada, a má dicção, a fala embolada às vezes eu acho que fico engasgada com tanta emoção que encontro a troco de nada eu não sei se tô louca e se louca é ruim eu tô rouca de voz e tô fora de mim mas às vezes é certo sentir-se acuada que é tanto estilhaço que surge na estrada vou catando graveto com a mão e poeira com a sola do pé e um dia ainda dirão que o sujeito mais são é o louco que anda com fé

amor-te

eu passo o passado pra outra medida trancada num fardo de fera e ferida de fato, a vida é a morte esquecida o desejo de volta é o desejo de ida. meu passo é pesado na outra medida não grita nem cala apenas valida a parte da fala que foi corroída: te pertenço morta te pertenço viva. "A nossa  vida  é a mesma coisa que a  morte  -  n'outra medida ." - Cecília Meireles

desp(ed)ida

os estrondos estão prontos para estourar estalos tontos tanto que nos calamos em sussurros, respiros sorrisos, vícios pontilhismo impressionista que a gente precisa em metonímia acasos, pancadas, socos, chutes, um livro de poesia min(h)a - duas taças de argentino troglodita floral sou xiita de amor tal que tardo no retorno ao morno ninho ao murmurinho do meu endereço porque o fogo etílico da cafeína me ensinou - em sina a compensar com pesar uma ausência inata de flores no meu jardim de ímãs na minha geladeira