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Mostrando postagens de outubro, 2009

Perigo é Amor

As veias na mão o corpo no chão eu me encaro, incrédula, eu inspiro, disparo um tiro espero os gritos de dor as últimas palavras rastejam sem cor e pedem perdão e eu perco a noção do amor
Não me chateia que já sou tachada de maldosa Quantas doses de prosa vou ter que tomar até que acabe essa sobriedade e só sobre a verdade?

Eu

Mas quem é esse sujeito que arranca o amor do peito e deixa pulsando na mão? E os pulsos atados e braços abertos pra o que der e vier Me diz de quem são os passos incertos e esse olhar fulminante que desce um rio diante dos olhos Essa mão oleosa batucando na mesa qualquer sinfonia nervosa com tanta destreza e paixão O pecado inunda essa alma imunda que afunda depressa E todo mundo pergunta "...mas que alma é essa?"

Estômago

Rejeito essa dor no meu peito pra ver se pára de fazer efeito (e quem sabe não faz amor?) Mas a minha moral sem jeito não se cansa de pensar no sabor amargo que me mastiga dentro da sua barriga

Quedinha

Mas quando ela me vê eu me derreto e minhas palavras são distraídas e eu me incendeio em paixão doída - Amor machuca! Machuca e arde! Paixão é suja tanto que encarde o tecido fofinho do meu coração.

Come Away With Me

mas quando, QUANDO, meu Deus que eu vou beijar esses lábios teus sem sentir remorso? me diz quando é que a gente vai subir desse fundo de poço, minha cara? o meu tato tropeça retrato e vulgar no seu rosto pra escapar desse mundo que eu fiz já que não dá pra fugir do país

Barca

eu quero é descer das nuvens negras da paixão e nadar nessa poça de lágrimas de moça pra ver se eu flutuo ou afundo

Desembucho

Quer saber? Não quero saber! Se manda daqui, anda! Faz o que eu peço Pois já me cansei de arcar Com problemas que não (co)meço Quer saber? Não queira saber O que eu tô pra dizer - Maldito prazer Que é tentar esquecer.

Op reis

Inside this car everything's so far except by you. How did you get to make me forget the brazilian blue and fall instead for this lovable gray? pois é... ..eu também não sei!

no mato III

O Branco É o meu Vazio redundante Onde estanco O sangue e a dor Junto com o verde e a verdade Entorpecentes Aqui contra os meus pés: Vazio macio que me amortece enquanto a morte tece Sua teia nas nossas veias que sentem o ar se expandir Para caber mais AmorTE.

no mato II

Desconstruo Fragmentos da minha Memória E encontro a mesma gama de sol Sob a grama do chão Junto com esse viço (esse vício?) Desperdício de desconstrução O homem à janela Fica só (o pó) consigo e com cinzas de cigarro No mato Comigo E com as velhas formigas "FOR EVER AMIGAS" de fato me acompanham Nesse começo-meio-e-fim de nada Onde apago (literalmente) Poesias passadas e Um passo pra lá, Um passo pra cá e eu volto ao Lugar bem "divagar"

Modinha

Brinquedo do mundo Inanimado e Unânime. Quem nunca quis Gritar num Infinite Abyss? Liberdade Unani-amada Voa, my friend Que the answer is blowing in the wind. Liberdade Desejada (Puro fetiche) E a gente adora... O fetiche é o novo pink . think about it Enquanto o mundo gira, corre, pula, e quica lá fora

Amém

Me afundo No vazio Dos teus braços, Me aninho Em seus traços Tão sozinhos Tão escassos Tão só seus Que eu agradeço a Deus Entre aves e Marias: Agradeço às manias Aos olhares singulares Às costas expostas Às costas cobertas À boca que flerta Com respostas Bem certas
Qualquer um que já ousou se perder Na exaltação que é viver um amor Não me causaria o desprazer Que é Deixar De amar A dor; Desapaixonar; Des-desconcentrar Das aulas de Física na segunda-feira E durante a semana inteira Meus olhos se desligam E fecham Aos p o u c o s.

Remorso

sonhos alados voam acima dos meus olhos fechados rasos d'água de enfado, de mágoa, e de cansaço e eu abraço teu olhar culpado por ainda amar e por já ter amado

Métrica

O poeta É atleta Que corre riscos Lança rimas, Defende idéias E pula linhas Passa o tempo E nada é novo Pernas cansadas, Rimas caladas, Idéias erradas, E as levadas das linhas, Que P u l a m Sozinhas!

Vôo

O passarinho Sozinho no ninho, Na árvore, no morro, Pede socorro: Ele quer voar Mas as asas pesam, O corpo não agüenta. E a vontade só aumenta (e o passarinho se lamenta) Até que, no morro, na árvore, no ninho, Pousa de mansinho O danado do vizinho beija-flor. Faz mil piruetas, encanta com a cor. E o passarinho, apaixonado, Chega bem alto E voa de amor.