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Mostrando postagens de julho, 2011

aposento

acontece que hoje é dia de mormaço em março, abril, Brasil silêncio (me)dito em você celebro os problemas com folhas, laços e penas - são meros poemas que escorregam devagar vagam eles pelos olhos, as maçãs do rosto, o pescoço. o gosto moço de amar e ter na mente é eternidade em casa instante, insanidade em todo amante. amanhece distante e o corpo reconhece: a dor merece estante.

revolução

essa juventude toda mobilizada, ilhada, irada do lado de fora da minha janela e eu sou parte dela de longe, em flerte na minha noite inerte e nas mágoas saturadas eu sou isso, em suma: ira que cessa onda que apruma
eu não gosto de fumo de fardo pesado, de ponte sem rumo, de dormir pelado, de dormir tarde, de frio, de chuva, de boemia, de chegar atrasado, de esquerda, de direita, nem de política nem de boteco sujo. eu fujo de baratas, aranhas, odores, moleques, becos, becks, rocks, toques... tudo. eu fujo de tudo - confesso, mudo. mudo de humor com todo mundo, e de cor com um ou outro. eu não gosto de samba nem de sombra nem de discussão. eu gosto de mais conversa e menos ação.

asma emocional

o silêncio crava as garras nas amarras da tristeza mas como eu amo a beleza de ser rima rima macia maçante e vazia; poesia vagante e vagarosa uma prosa perpendicular aos fatos paralela ao tato tropeçada em sapato velho sem sola: solamente sol y miente entorna a gente em torno desse quente quase morno sente o adorno e o horkheimer e o candido e o campos num varal de grampos e versos dispersos personificados e perversos recados torpedos cravados em dedos domesticados doces medos.
Oi, eu quero ser sua Só sua: cantar serenatas e escrever cartas e cativar um sorriso espontâneo (esse sim presta) no seu rosto E conhecer sua mãe não importa quando onde ou como Eu quero mexer no seu cabelo tirar farelo da sua boca enquanto você come te cutucar quando você estiver adormecendo durante a aula te cutucar quando você estiver adormecendo durante a noite e eu não conseguir dormir porque tenho medo de te perder Pra você me abraçar e beijar minha testa. Dizer "medo, sua babaca? Tenha medo é de eu te prender aqui pra sempre!" Eu quero fazer comida pra você e ouvir de volta que ficou bom ou que você não gosta de rúcula. E tomar daquele vinho barato com gosto de azeitona cuja garrafa você virou numa noite entediante, enquanto escutava àquela música, "Burguesinha", do Seu Jorge E te convencer a jogar baralho mesmo você achando um saco, falar que te dou um beijo pra cada carta de copas que você baixar pra mim Eu quero receber os seus recados do outro lado dess