às vezes o coração que dorme levanta
escala a garganta coas garra afiada
e sai pela boca e eu não digo nada e
me chamam de louca eu fico calada
escala a garganta coas garra afiada
e sai pela boca e eu não digo nada e
me chamam de louca eu fico calada
os calo na mão, a garganta inflamada,
a má dicção, a fala embolada
às vezes eu acho que fico engasgada
com tanta emoção que encontro a troco de nada
a má dicção, a fala embolada
às vezes eu acho que fico engasgada
com tanta emoção que encontro a troco de nada
eu não sei se tô louca e se louca é ruim
eu tô rouca de voz e tô fora de mim
mas às vezes é certo sentir-se acuada
que é tanto estilhaço que surge na estrada
eu tô rouca de voz e tô fora de mim
mas às vezes é certo sentir-se acuada
que é tanto estilhaço que surge na estrada
vou catando graveto com a mão
e poeira com a sola do pé
e um dia ainda dirão
que o sujeito mais são
é o louco que anda com fé
e poeira com a sola do pé
e um dia ainda dirão
que o sujeito mais são
é o louco que anda com fé
Comentários
Postar um comentário