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tripé

Fiquei com vontade de escrever
pra salvar vida de ninguém além da minha

Peguei a caneta e o papel
- mentira, isso é romance

Pousei os dedos sobre o teclado
e teci uma Clave de Sol solta no branco
tropecei no meu passo, caí do barranco

Hoje
eu manco.

Comentários

  1. ...todos temos esses momentos, logo estarás bem, pronta para outro, então, mais forte, será mais facíl suportar os tropeços da vida...

    Bjs

    Mila

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  2. Collinwood dizia que o efeito estético acontece quando quando o artista consegue articular em cores, sons, palavras... o que for, sentimentos que ainda não entendemos bem.

    "caí do barranco

    Hoje
    eu manco."

    Agora eu entendo...

    ResponderExcluir

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às vezes o coração que dorme levanta escala a garganta coas garra afiada e sai pela boca e eu não digo nada e me chamam de louca eu fico calada os calo na mão, a garganta inflamada, a má dicção, a fala embolada às vezes eu acho que fico engasgada com tanta emoção que encontro a troco de nada eu não sei se tô louca e se louca é ruim eu tô rouca de voz e tô fora de mim mas às vezes é certo sentir-se acuada que é tanto estilhaço que surge na estrada vou catando graveto com a mão e poeira com a sola do pé e um dia ainda dirão que o sujeito mais são é o louco que anda com fé

amor-te

eu passo o passado pra outra medida trancada num fardo de fera e ferida de fato, a vida é a morte esquecida o desejo de volta é o desejo de ida. meu passo é pesado na outra medida não grita nem cala apenas valida a parte da fala que foi corroída: te pertenço morta te pertenço viva. "A nossa  vida  é a mesma coisa que a  morte  -  n'outra medida ." - Cecília Meireles

desp(ed)ida

os estrondos estão prontos para estourar estalos tontos tanto que nos calamos em sussurros, respiros sorrisos, vícios pontilhismo impressionista que a gente precisa em metonímia acasos, pancadas, socos, chutes, um livro de poesia min(h)a - duas taças de argentino troglodita floral sou xiita de amor tal que tardo no retorno ao morno ninho ao murmurinho do meu endereço porque o fogo etílico da cafeína me ensinou - em sina a compensar com pesar uma ausência inata de flores no meu jardim de ímãs na minha geladeira