I
Eu quero te conhecer
Olhar você no olho
E saber o que te atordoa
Olhar você na boca
e sentir seus vícios
E depois disso
te reconhecer na rua
cantando um verso bobo
que inventamos de noite
Saber seus nãos,
mas principalmente seus sims
II
Quero me enfiar entre os seus
braços
Seguir teus passos
Saber o que dizer
quando seu sorriso mudo
invadir o meu olhar
III
Quero quebrar um verso
que já não sei da Poesia Concreta
Quero poesia pra eu moldar
Esse teu rosto liso
esse teu riso farto,
Seu gosto ontem de tarde no quarto
Esse seu Tudo,
nem ele me sacia
Não canso de ver tua boca mansa,
teu olho puro
feito Criança
Feito no escuro
Quando o tato é
o único meio de encontrar
O chão
IV
Quero te esquecer de leve
durante o almoço em família
Pra te lembrar com força
sozinha no quarto
Antes da nuvem apagar
a última Estrela
Antes da chuva cair
E te querer ali
Sem me molhar
com lágrima de céu
V
Quero estender a mão num impulso
pra descobrir onde desliga a lâmpada
E encontrar você
Iluminando Tudo
que eu nem preciso mais de Lua
Eu nem preciso mais de nada
VI
E não obstante a tua Luz ardente
Eu quero o ar quente
do Respirar noturno
da Boca inconsciente
E a manhã embaçada
e preguiçosa
do dia seguinte
- Se não reconheço tuas virtudes,
saiba que é para manter
secreto o meu Amor
VII
Quero divagar e contar dias
VIII
Uma árvore florida e frondosa
com um Beija-flor ou um Bem-te-vi
(melhor o Bem-te-vi, porque ele canta)
lá em cima
E uma rima inventada
naquele exato momento
À sombra da árvore,
Quatro pés descalços
estendidos na grama
Contraindo à cada
Formiga que passa
para abrir caminho na pele fina
IX
Quero saber a sua receita pra curar tosse
ou sei lá mais o quê
Se você fala “zíper” ou “fecho ecler”
- eu já sei que é fecho ecler
E no dia do seu aniversário
(Ou até mesmo num dia qualquer)
Eu vou dar o melhor presente
que pode variar daquele vestido que você queria
A um Beijo roubado na garagem do seu prédio
Enquanto o porteiro caiu no sono
E vai logo, antes que ele acorde
X
Quero resgatar em fotografias
os Dias que passaram rápido
(talvez depressa demais)
E nos Poemas,
aqueles que se demoraram
XI
Quero encontrar na Dor
o consolo da Empatia
Revirar caixas e gavetas
para achar aquele guardanapo
Com um desenho qualquer teu
- Dedicado a mim
XII
Quero ser teu assim como a Onda é do Mar
que complementa e pacifica
(voltar a Camburi
Pra ver a tal da
“onda que passa e fica”
que o Vinícius tanto diz)
Que queima a areia
e permeia no ouvido
Como aquele zumbido constante
do primeiro “Eu Te Amo” que eu ouvi
e me deixou boba por uns cinco dias
que agora ressurgiu das Cinzas
pra me embasbacar
Como sempre faz
XIII
Eu quero paz
XIV
Eu quero conseguir dormir antes das Três
Sem o Medo de te perder
e com a Fome de te ganhar
XV
Eu quero o que você puder me dar:
D’uma flor caída do muro da praça
a um almoço vegetariano no centro
Desde que seja sincero,
Isso é tudo o que eu quero
(além de criar asas e daquela bicicleta na Avenida Vitória)
Um amor seu, sem rodeios
Um amor que eu conheço das vezes
em que conversamos sobre o que ele é
Um amor direto e confesso
XVI
Pois aqui fico disperso
querendo o que peço e o que não posso
Num último verso
(Eu tenho um troço
Não gosto da palavra “Adeus”
assim como não gosto de final
Afinal
Ainda não te encontrei
No café pra falar do meu dia pacato
Nem mostrei a marca
que o cachorro da vizinha fez na minha barriga)
Porém, aqui fico e despeço
já que é tudo o que eu posso
Enquanto o amor é nosso
e enquanto existe o verso.
Eu quero te conhecer
Olhar você no olho
E saber o que te atordoa
Olhar você na boca
e sentir seus vícios
E depois disso
te reconhecer na rua
cantando um verso bobo
que inventamos de noite
Saber seus nãos,
mas principalmente seus sims
II
Quero me enfiar entre os seus
braços
Seguir teus passos
Saber o que dizer
quando seu sorriso mudo
invadir o meu olhar
III
Quero quebrar um verso
que já não sei da Poesia Concreta
Quero poesia pra eu moldar
Esse teu rosto liso
esse teu riso farto,
Seu gosto ontem de tarde no quarto
Esse seu Tudo,
nem ele me sacia
Não canso de ver tua boca mansa,
teu olho puro
feito Criança
Feito no escuro
Quando o tato é
o único meio de encontrar
O chão
IV
Quero te esquecer de leve
durante o almoço em família
Pra te lembrar com força
sozinha no quarto
Antes da nuvem apagar
a última Estrela
Antes da chuva cair
E te querer ali
Sem me molhar
com lágrima de céu
V
Quero estender a mão num impulso
pra descobrir onde desliga a lâmpada
E encontrar você
Iluminando Tudo
que eu nem preciso mais de Lua
Eu nem preciso mais de nada
VI
E não obstante a tua Luz ardente
Eu quero o ar quente
do Respirar noturno
da Boca inconsciente
E a manhã embaçada
e preguiçosa
do dia seguinte
- Se não reconheço tuas virtudes,
saiba que é para manter
secreto o meu Amor
VII
Quero divagar e contar dias
VIII
Uma árvore florida e frondosa
com um Beija-flor ou um Bem-te-vi
(melhor o Bem-te-vi, porque ele canta)
lá em cima
E uma rima inventada
naquele exato momento
À sombra da árvore,
Quatro pés descalços
estendidos na grama
Contraindo à cada
Formiga que passa
para abrir caminho na pele fina
IX
Quero saber a sua receita pra curar tosse
ou sei lá mais o quê
Se você fala “zíper” ou “fecho ecler”
- eu já sei que é fecho ecler
E no dia do seu aniversário
(Ou até mesmo num dia qualquer)
Eu vou dar o melhor presente
que pode variar daquele vestido que você queria
A um Beijo roubado na garagem do seu prédio
Enquanto o porteiro caiu no sono
E vai logo, antes que ele acorde
X
Quero resgatar em fotografias
os Dias que passaram rápido
(talvez depressa demais)
E nos Poemas,
aqueles que se demoraram
XI
Quero encontrar na Dor
o consolo da Empatia
Revirar caixas e gavetas
para achar aquele guardanapo
Com um desenho qualquer teu
- Dedicado a mim
XII
Quero ser teu assim como a Onda é do Mar
que complementa e pacifica
(voltar a Camburi
Pra ver a tal da
“onda que passa e fica”
que o Vinícius tanto diz)
Que queima a areia
e permeia no ouvido
Como aquele zumbido constante
do primeiro “Eu Te Amo” que eu ouvi
e me deixou boba por uns cinco dias
que agora ressurgiu das Cinzas
pra me embasbacar
Como sempre faz
XIII
Eu quero paz
XIV
Eu quero conseguir dormir antes das Três
Sem o Medo de te perder
e com a Fome de te ganhar
XV
Eu quero o que você puder me dar:
D’uma flor caída do muro da praça
a um almoço vegetariano no centro
Desde que seja sincero,
Isso é tudo o que eu quero
(além de criar asas e daquela bicicleta na Avenida Vitória)
Um amor seu, sem rodeios
Um amor que eu conheço das vezes
em que conversamos sobre o que ele é
Um amor direto e confesso
XVI
Pois aqui fico disperso
querendo o que peço e o que não posso
Num último verso
(Eu tenho um troço
Não gosto da palavra “Adeus”
assim como não gosto de final
Afinal
Ainda não te encontrei
No café pra falar do meu dia pacato
Nem mostrei a marca
que o cachorro da vizinha fez na minha barriga)
Porém, aqui fico e despeço
já que é tudo o que eu posso
Enquanto o amor é nosso
e enquanto existe o verso.
isso aqui é pra sempre bixo
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