eu te observo
daqui de dentro
do ventre
do centro
do mundo
a fumaça do
teu cigarro
é uma lágrima
que afunda
mansa
e dança
o derrame
da melancolia
os teus pés,
trêmulos,
cantam
a melodia
do passo firme,
do piso falso
é um clamor descalço
à identidade
de quem se esconde
em fantasia
eu te vejo
daqui de fora
e é tudo embora
não haja nada
pesadas são
as verdades
como num jogo de tribunal
os fogos são de artifício
e o que é racional
não queima
do mesmo jeito:
teima em ser perfeito
quando a pérfida
vontade
de ser outro
arde o peito
e permanece
no seu leito
de vida
a mentira
morre
daqui de dentro
do ventre
do centro
do mundo
a fumaça do
teu cigarro
é uma lágrima
que afunda
mansa
e dança
o derrame
da melancolia
os teus pés,
trêmulos,
cantam
a melodia
do passo firme,
do piso falso
é um clamor descalço
à identidade
de quem se esconde
em fantasia
eu te vejo
daqui de fora
e é tudo embora
não haja nada
pesadas são
as verdades
como num jogo de tribunal
os fogos são de artifício
e o que é racional
não queima
do mesmo jeito:
teima em ser perfeito
quando a pérfida
vontade
de ser outro
arde o peito
e permanece
no seu leito
de vida
a mentira
morre
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