Pular para o conteúdo principal

Starry Night

Taí, eu queria ser estrelas
Andar coberta de brilhantes,
iluminar o caracol
dos seus cabelos

Se não as sou, perfiro vê-las
assim de longe

Cantando muda
a canção aguda
do embriagado
Deitada num gramado fofo
de pé descalço
e cabeça cheia

Que quando eu vejo
esses pinguinhos de paz
no Céu escuro
eu quase não me seguro
e abro asa
- eu quero fugir de casa

pra te alcançar no Céu
Eu faço um aviãozinho de papel
e levanto vôo
e te encontro lá,
aqui, ali
em qualquer lugar

Comentários

  1. o céu é um belo ambiente
    para nos encontrarmos
    e voarmos
    sem asas mesmo
    quem precisa delas?
    se temos as penas
    o nanquim
    o papel
    o azul

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

às vezes o coração que dorme levanta escala a garganta coas garra afiada e sai pela boca e eu não digo nada e me chamam de louca eu fico calada os calo na mão, a garganta inflamada, a má dicção, a fala embolada às vezes eu acho que fico engasgada com tanta emoção que encontro a troco de nada eu não sei se tô louca e se louca é ruim eu tô rouca de voz e tô fora de mim mas às vezes é certo sentir-se acuada que é tanto estilhaço que surge na estrada vou catando graveto com a mão e poeira com a sola do pé e um dia ainda dirão que o sujeito mais são é o louco que anda com fé

amor-te

eu passo o passado pra outra medida trancada num fardo de fera e ferida de fato, a vida é a morte esquecida o desejo de volta é o desejo de ida. meu passo é pesado na outra medida não grita nem cala apenas valida a parte da fala que foi corroída: te pertenço morta te pertenço viva. "A nossa  vida  é a mesma coisa que a  morte  -  n'outra medida ." - Cecília Meireles

desp(ed)ida

os estrondos estão prontos para estourar estalos tontos tanto que nos calamos em sussurros, respiros sorrisos, vícios pontilhismo impressionista que a gente precisa em metonímia acasos, pancadas, socos, chutes, um livro de poesia min(h)a - duas taças de argentino troglodita floral sou xiita de amor tal que tardo no retorno ao morno ninho ao murmurinho do meu endereço porque o fogo etílico da cafeína me ensinou - em sina a compensar com pesar uma ausência inata de flores no meu jardim de ímãs na minha geladeira