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It's a Shame

Sabe que olhar essa chuva
traz de volta coisas antigas
de sentimentos novos
não me solta, essa lembrança
de tanto tempo atrás
que o vento traz e me tira a paz
e me rerira e volta assim
d'um lado pro outro

Sábio é aquele que se permite
lembrar
mas não esquece o presente
e não ignora
o que sente

Já eu, burra
levo uma surra
do Passado
e passeio na noite escura
sem saber o certo
nem o errado

Comentários

  1. lembranças antigas de sentimentos novos - tá muito bonito isso aí

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  2. se a gente não toma cuidado
    leva um soco pontapé
    voadora na garganta do passado
    aprendi a olhar pro presente
    que o futuro cega

    ResponderExcluir

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às vezes o coração que dorme levanta escala a garganta coas garra afiada e sai pela boca e eu não digo nada e me chamam de louca eu fico calada os calo na mão, a garganta inflamada, a má dicção, a fala embolada às vezes eu acho que fico engasgada com tanta emoção que encontro a troco de nada eu não sei se tô louca e se louca é ruim eu tô rouca de voz e tô fora de mim mas às vezes é certo sentir-se acuada que é tanto estilhaço que surge na estrada vou catando graveto com a mão e poeira com a sola do pé e um dia ainda dirão que o sujeito mais são é o louco que anda com fé

amor-te

eu passo o passado pra outra medida trancada num fardo de fera e ferida de fato, a vida é a morte esquecida o desejo de volta é o desejo de ida. meu passo é pesado na outra medida não grita nem cala apenas valida a parte da fala que foi corroída: te pertenço morta te pertenço viva. "A nossa  vida  é a mesma coisa que a  morte  -  n'outra medida ." - Cecília Meireles

desp(ed)ida

os estrondos estão prontos para estourar estalos tontos tanto que nos calamos em sussurros, respiros sorrisos, vícios pontilhismo impressionista que a gente precisa em metonímia acasos, pancadas, socos, chutes, um livro de poesia min(h)a - duas taças de argentino troglodita floral sou xiita de amor tal que tardo no retorno ao morno ninho ao murmurinho do meu endereço porque o fogo etílico da cafeína me ensinou - em sina a compensar com pesar uma ausência inata de flores no meu jardim de ímãs na minha geladeira